Olá a todos!
Há não muitos dias, se presenciou no Brasil protestos maciços contra o atual governo da presidente Dilma Rousseff. Com uma grande ênfase no processo de impeachment já encaminhado contra ela e cobranças contra a corrupção na esfera política cada vez mais escancarada pela operação Lava Jato, os manifestantes também exigiram investigações do ex-presidente Lula entendido por muitos como "o chefe da quadrilha". Tais reclamações vieram a se intensificar nos dias seguintes quando grampos telefônicos liberados pelo juiz Sérgio Moro sugeriram uma tentativa da presidente de proteger o seu benfeitor, já alvo da Lava Jato, com foro privilegiado ao nomeá-lo Ministro-chefe da Casa Civil.
Não obstante tais protestos (seguidos de outros favoráveis ao governo e em significativo menor número mesmo com os subsídios dados aos seus participantes), a presidenta prosseguiu e acabou por nomear Lula para o referido cargo, evento que foi barrado no meio jurídico e, até a presente data, aguarda desfecho pelo STF. Não apenas isso, continua insistindo em não renunciar a presidência a despeito dos evidentes erros do seu governo na esfera econômica [1], os maiores responsáveis pelo Brasil estar chegando à pior recessão econômica de sua história, da maciça rejeição popular ao seu governo e da situação política de difícil gestão.
A impressão dada pela presidenta na circunstância delineada acima é a de que toda a pressão popular contrária aos seu governo lhe passa por irrelevante. Se tal hipótese é verdadeira, essa não seria nenhuma surpresa: de acordo com uma pesquisa publicada há alguns meses atrás realizada pela Universidades de Princeton e de Northwestern, nos Estados Unidos, a opinião pública tem um impacto muito pequeno sobre a política - pequeno ao ponto que chega a ser considerado estatisticamente insignificante. Embora o foco dessa pesquisa tenha sido o congresso estadosunidense, sugiro que os fatores básicos responsáveis pelos dados que levaram a essa conclusão são igualmente presentes aqui no Brasil.
Para conferir um artigo com um resumo da pesquisa, clique aqui. Já para lê-la na íntegra, clique aqui.
Como um bônus, compartilho o vídeo à seguir (em inglês) com uma parte de uma entrevista em que o economista estadosunidense Thomas Sowell explica como deixou de ser um marxista e tornou-se um libertário. A ligação relevante é a sua observação, à partir do momento 4:19, que o Estado tende a não agir em prol dos interesses do povo e sim dos seus.
Que o Senhor seja com vocês,
Há não muitos dias, se presenciou no Brasil protestos maciços contra o atual governo da presidente Dilma Rousseff. Com uma grande ênfase no processo de impeachment já encaminhado contra ela e cobranças contra a corrupção na esfera política cada vez mais escancarada pela operação Lava Jato, os manifestantes também exigiram investigações do ex-presidente Lula entendido por muitos como "o chefe da quadrilha". Tais reclamações vieram a se intensificar nos dias seguintes quando grampos telefônicos liberados pelo juiz Sérgio Moro sugeriram uma tentativa da presidente de proteger o seu benfeitor, já alvo da Lava Jato, com foro privilegiado ao nomeá-lo Ministro-chefe da Casa Civil.
Não obstante tais protestos (seguidos de outros favoráveis ao governo e em significativo menor número mesmo com os subsídios dados aos seus participantes), a presidenta prosseguiu e acabou por nomear Lula para o referido cargo, evento que foi barrado no meio jurídico e, até a presente data, aguarda desfecho pelo STF. Não apenas isso, continua insistindo em não renunciar a presidência a despeito dos evidentes erros do seu governo na esfera econômica [1], os maiores responsáveis pelo Brasil estar chegando à pior recessão econômica de sua história, da maciça rejeição popular ao seu governo e da situação política de difícil gestão.
A impressão dada pela presidenta na circunstância delineada acima é a de que toda a pressão popular contrária aos seu governo lhe passa por irrelevante. Se tal hipótese é verdadeira, essa não seria nenhuma surpresa: de acordo com uma pesquisa publicada há alguns meses atrás realizada pela Universidades de Princeton e de Northwestern, nos Estados Unidos, a opinião pública tem um impacto muito pequeno sobre a política - pequeno ao ponto que chega a ser considerado estatisticamente insignificante. Embora o foco dessa pesquisa tenha sido o congresso estadosunidense, sugiro que os fatores básicos responsáveis pelos dados que levaram a essa conclusão são igualmente presentes aqui no Brasil.
Para conferir um artigo com um resumo da pesquisa, clique aqui. Já para lê-la na íntegra, clique aqui.
Como um bônus, compartilho o vídeo à seguir (em inglês) com uma parte de uma entrevista em que o economista estadosunidense Thomas Sowell explica como deixou de ser um marxista e tornou-se um libertário. A ligação relevante é a sua observação, à partir do momento 4:19, que o Estado tende a não agir em prol dos interesses do povo e sim dos seus.
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Que o Senhor seja com vocês,
Momergil
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[1] - No setor privado, quando o presidente/CEO de uma grande empresa não é o seu dono, é comum que, após uma gestão ruim, ele peça a renúncia do cargo (como aconteceu, por exemplo, com o ex-CEO da Microsoft Steve Ballmer). Tal atitude é naturalmente adequada já que erros consideráveis revelam incapacidade de gerir adequadamente uma empreitada. A saída voluntária se torna, nestes casos, uma maneira nobre tanto de reconhecer o erro publicamente quanto de pedir desculpas bem como de demonstrar o apreço da pessoa pela companhia como sendo maior do que o seu cargo, salário e prestígio. Naturalmente parece não ser esse o caso da presidenta Dilma Rousseff.
[1] - No setor privado, quando o presidente/CEO de uma grande empresa não é o seu dono, é comum que, após uma gestão ruim, ele peça a renúncia do cargo (como aconteceu, por exemplo, com o ex-CEO da Microsoft Steve Ballmer). Tal atitude é naturalmente adequada já que erros consideráveis revelam incapacidade de gerir adequadamente uma empreitada. A saída voluntária se torna, nestes casos, uma maneira nobre tanto de reconhecer o erro publicamente quanto de pedir desculpas bem como de demonstrar o apreço da pessoa pela companhia como sendo maior do que o seu cargo, salário e prestígio. Naturalmente parece não ser esse o caso da presidenta Dilma Rousseff.